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Alunos do Hélio Damante, recebem aulas de música no contra turno.
Nos últimos 5 meses, tempo de início do projeto neste ano, os pequenos –que tem em média 10 anos – já aprenderam músicas de peso como La Bamba, de Ritchie Valens e Maracangaia, de Dorival Caymmi, fora as músicas infantis.
Para o professor Sérgio Tuck, a proximidade entre mestre e aluno que as aulas no contra turno oferecem, é impagável. “A oportunidade de dar carinho e atenção extras que essas crianças tanto precisam, é algo que vai além do salário”, disse Tuck.
Quando Sérgio diz “além do salário”, não está brincando. O profissional, que é professor na rede municipal, faz os trabalhos no período da tarde de maneira voluntária. O aluno Arthur, 10, diz até “que teria aula de música a tarde toda”. O pequeno, que sabe a importância da escola na vida das pessoas, faz questão de enaltecer o trabalho realizado no Damante. “Se não tivéssemos a escola, muitos estariam brincando na rua. É perigoso”.
Desafios. O número de “artistas mirins” por turma são de, aproximadamente, 10 alunos. Um número que engloba crianças de diferentes idades. Esse é um dos maiores desafios para o professor, mas como ele mesmo diz. “Podemos ter alguns mais evoluídos, por conta da continuidade e frequência nas aulas, mas todos já têm a mínima noção do que estão fazendo. Muitas das vezes é mais na vontade, mas o trabalho sempre sai da maneira que desejamos”.
Além do conhecimento musical, as aulas vêm com bagagem extra de “bons preceitos”. Em diversos momentos o professor interrompe para auxiliar os alunos, corrigir a postura, o linguajar e o trato com os colegas de turma. Para Tuck, a representatividade vai além da música, as aulas também representam carinho. As aulas acontecessem toda quarta e quinta, no período da manhã e da tarde.
Foto e Texto por: Enio Ricanelo
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