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O maestro da banda jovem e da orquestra de violas, conta os desafios da profissão e fala sobre as metas dos próximos anos.
Nesta quarta (09), o maestro das bandas marcial, jovem e orquestra de viola, Geraldo Coelho, comenta a trajetória como professor de música desde 2009, em Bom Jesus dos Perdões. E mostra como o apoio dado na atual gestão influencia na continuidade do projeto. Fora o impacto que a banda tem na vida dos jovens de Bom Jesus, mudando o rumo da vida de muitos. Confira a entrevista exclusiva:
Desde a época em que o senhor iniciou o trabalho, em algumas escolas, com o projeto “Santuário da Música”, o crescimento é visível. Como começou essa trajetória frente a banda musical?
Quando fui convidado para comandar o projeto “Santuário da Música” da educação, em 2009, tive acesso a secretaria da educação, onde encontrei instrumentos de fanfarras encostados. Eu perguntei a secretária de educação, na época, se podia utiliza-los, fora as flautas e trompetes que tínhamos. Ela me perguntou: “Mas você sabe usar? ”. Eu, acanhado, respondi: “um pouquinho”. E nós fizemos a nossa primeira apresentação 3 meses depois daquilo.
A nossa banda tem incentivo por parte da secretaria de cultura? Vocês se sentem abraçados?
Claro, a ajuda da Ana Lúcia é um diferencial dos últimos tempos, realmente só tenho a elogiar o trabalho dela a frente da secretaria. Compramos instrumentos pequenos para a banda marcial, coisa que não tínhamos, vai ficar ainda mais bonito.
Hoje a banda jovem tem quase 40 integrantes – começou com 28, como o senhor me disse. Imagino que deve sofrer muito com a rotatividade? Como conseguir conciliar esse fluxo com os ensaios e músicas novas?
Infelizmente sempre teve, eles crescem, precisam trabalhar e a gente não tem como segurar, mas dá dó, pois teriam um lindo caminho pela frente. É difícil conseguir levar o trabalho, mas com a ajuda de todos, temos um repertório de mais de 80 músicas. Coisa rara para uma banda com esse número de integrantes, agora mesmo vamos ensaiar mais 3!
Indo para o lado social, Professor. Qual é a importância do projeto para essas crianças, que muitas das vezes, estariam na rua, com más companhias. Quão grande é a influência da música na vida desses jovens?
Pergunta para as professoras deles o tamanho da diferença dessa garotada na sala de aula. O antes e depois da música. O aluno é outro. Por exemplo o João (aluno da banda) bem no início, fui na escola dele e a professora me perguntou: “O que você fez com esse menino? ”, mas eu digo que não foi eu, especificamente, mas sim, a disciplina que a música exige, muda completamente o ser humano.
No âmbito familiar, modifica o olhar? O senhor acha que a partir do jovem, muda o pensamento da família inteira?
Mas é claro, o pessoal daqui jamais imaginaria ter os filhos na sala São Paulo, mas tivemos. É música séria que, certamente, vão levar para a vida. Para uma mãe, mil vezes o filho com o trompete na mão, do que uma garrafa!
Qual é importância da banda marcial, já que trabalha com os mais novos?
É importante pois formamos o músico, é difícil pelo mesmo motivo. Mas dá orgulho ver os pequenos tendo noção de música, levando o estudo para a vida. Aqui temos a teoria, eles aprendem música de verdade. E anualmente já passo alguns alunos para a banda musical. Aqui temos um grande diferencial, todos os músicos são de Bom Jesus, fruto da terra. Em outras bandas, temos alunos de várias cidades, aqui temos só perdoenses!
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